Dia do Livro

No passado dia 23 de Abril comemorou-se o Dia do Livro.
A Maria Inês escreveu este lindo poema.

O Livro

O livro é importante na vida,
ajuda-nos a aprender,a ler e a escrever.
É uma parte da vida.
Com ele podemos saber novas histórias,
novas informações.
Viajámos no mundo da fantasia,
da poesia e rimo-nos,chorámos e
ás vezes fazem-nos ficar pensativos.
O livro é um verdadeiro amigo,
para todos nós.
Sem ele não podemos ler,
nem ter imaginação.
É realmente um dos nossos melhores
amigos.

Maria Inês
4º ano

Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.

Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.

Uma gaivota voava, voava,
assas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.

Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.

Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.

Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

Ermelinda Duarte

O Mundo Colorido

Numa aldeia longínqua, vivia uma menina chamada Sara. Tinha 9 anos, cabelo castanho aloirado, olhos verdes e um sorriso bonito mas não admirado por ninguém. Vivia com o seu avô, pois os pais tinham morrido, quando ela tinha apenas dois anos.

O avô era uma homem simpático, meigo... Com barbas longas e brancas e rugas profundas.

Na escola, a Sara convivia com outras meninas que troçavam dela por ela ser pobre e orfã.

Num certo dia chuvoso e cinzento, a Sara foi para a escola, e como tinha acabado a composição, a professora emprestou-lhe um livro.

Era tão interessante, que levada pela fantasia entrou "no livro".

Começou a viver a história de uma menina a viajar. Juntas conheceram um novo mundo cheio de cor e alegria: havia flores de todas as cores e muitos animais divertidos.

Resolveram ficar para sempre naquele mundo de felicidade, onde podiam brincar e conhecer novos seres.

A Sara percebeu que já não era infeliz, só lhe faltava o avô para partilhar aqueles momentos de brincadeira. Encontrou um passarinho pousado numa árvore e, a Sara, pediu ao pássaro para entregar uma mensagem ao avô, convidando-o para ele viver naquele mundo. O avô recebeu a mensagem e veio a correr ter com a neta. Viveram muito felizes com paz e amor, naquele livro imaginário.

Maria Luís

A andorinha e a árvore

Era uma vez uma andorinha muito pequenina que estava a voar por cima de uma árvore e a árvore disse:
- O meu pai e a minha mãe estão em casa e eu vim apanhar ar puro.
A árvore estava triste porque já era Primavera e ela não tinha flores. A árvore de tanta tristeza começou a chorar.
A andorinha perguntou-lhe:
-Porque é que estás a chorar?
-Já é Primavera e ainda não tenho flores.
-Tens que acreditar.
E a partir daí a árvore teve fé e passado uma semana estava cheia de flores.
Era muito bonita.
A árvore depois só tinha pássaros e nem se quer tinha espaço para todos.

Inês Rocha

“Umas férias surpreendentes”

Um menino chamado Rui tinha ido passar umas férias a casa do avô Jeremias e da avó Palmira. No fim do jantar sentaram-se no sofá e o avô pegou num livro de histórias muito antigo e começou a ler-lhe:

-“Era uma vez uma família como outra qualquer: a mãe, o pai, os filhos e o gato.

Nas férias da Páscoa resolveram ir passar uns dias à Serra da Estrela para ver a neve e praticar ski. Quando chegaram ao hotel “The King” os meninos ficaram muito contentes porque era um local bonito, acolhedor, com grandes jardins carregados de neve e também porque tinha uma piscina interior.

Foram pegar nas chaves do quarto e os meninos repararam que havia um cão com uma placa a dizer “adoptem-me”. Os pais ficaram muito tristes mas sabiam que os gatos não podem estar com cães. Entretanto repararam que os dois já estavam a brincar e parecia que se davam muito bem.

Então, o pai decidiu adoptá-lo!

No fim de preencher os papéis de adopção os meninos disseram que agora tinham que ir ao veterinário para ver se estava tudo bem. O cão foi vacinado e muito bem tratado.

Só faltava um pormenor: escolherem o seu nome. E foi decidido chamarem-lhe Lorde Byran.”

Quando o avô reparou já o menino estava a dormir com um sorriso nos lábios.



Maria João

Canções e Poesia de Intervenção

No passado dia 17 de Abril fomos assistir a um evento sobre a Canção de Intervenção no Centro Cívico de Vila Nova de Famalicão, a convite da Escola Secundária D. Sancho I.

Ouvimos canções que marcaram o 25 de Abril, como por exemplo:

"Menina dos Olhos Tristes" - de Reinaldo Ferreira,
"Vejam Bem" - de José Afonso,
"Trova do Vento Que Passa" - de Manuel Alegre,
"Pedra Filosofal" - de António Gedeão,

cantadas pelo Professor Ivo Machado e acompanhadas ao piano pelo Professor Rui Mesquita.

Também ouvimos alguns poemas declamados pelo Professor António Sousa como por exemplo:

"Poeta Castrado Não!" - de Ary dos Santos.

No fim, os intervenientes, ofereceram as suas flores à nossa professora. Foi uma actividade muito gira.

Contigo no coração, continuarei a ser feliz!

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda



...se um dia uma brisa leve e suave tocar o teu rosto, não tenhas medo,
é apenas a minha saudade que te beija em silêncio...

Até sempre meu anjo... até um dia...

Contigo no coração, continuarei a ser feliz!